No último dia 31 de outubro o Jockey Club do Parana recebeu a visita de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. O motivo era a avaliação das condições que o Jockey Club do Paraná oferece aos animais alojados e sua Vila Hípica.

Com o “Plano de Boas Práticas” ainda em consulta pública no site do Ministério, o relatório foi satisfatório e poucos detalhes precisarão ser adequados. O principal pedido da MAPA foi de que o Jockey formalize por escritos as “boas práticas – segundo o MAPA reconheceu – após o fim da consulta pública.

O relatório do Ministério foi feito pelos técnicos Ana Cristina Pinto Reis (DPDAG-RJ) – SIAPE: 01573917Lucas Fiuza de Moraes (DPDAG-SC) -SIAPE: 1632437, que foram recepcionados pelo gerente administrativo do clube, Janquiel Makulia e pelo responsável técnico Dr. Luiz Fernando Coelho Bastos.

Do relatório do MAPA, se destacam as conclusões finais, todas positivas e que garantem a ótima estrutura oferecida aos animais, profissionais e consequentemente aos proprietários que alojam seus animais no Jockey Club do Paraná:

Conclusão do relatório da auditoria realizada pelo MAPA:

“A entidade possui a estrutura física necessária para a realização de corridas de cavalos com exploração de apostas. A mesma envia regularmente os relatórios de MGA das reuniões ocorridas, com as respectivas guias de recolhimento da união – GRU, quando o caso. A entidade demonstrou registro sobre os animais alojados na Vila Hípica e sobre profissionais do turfe. Os registros referentes à atividade turfística estão inseridos nos sistema informatizado VOLPE.

Realizam controle rigoroso na entrada de animais, com verificação de vacinas e exames de Mormo e AIE e exame clínico pelo RT já nas baias. As saídas são apenas registradas no sistema para controle populacional. A situação sanitária do Jockey é acompanhada pelo RT na entrada dos animais e quando há notificações de proprietários/treinadores. Foi recomendado verbalmente que o Jockey inclua em seu Plano de Boas Práticas estratégias de avaliação e acompanhamento de rotina dos animais.

A entidade apresenta criteriosa administração das Vilas Hípicas, com recomendações para correções de inconformidades aos proprietários/treinadores. Observamos que as Vilas são muito organizadas, com excelente estado de conservação e manutenção. Há descarte e destinação diárias de resíduos sólidos das cocheiras. 

Tem boa estrutura física e de pessoal, com hospital e laboratório (terceirizados), serviço veterinário de corrida e apoio médico constante durante provas.”

Comentários finais do relatório da auditoria realizada pelo MAPA:

“Os animais em geral apresentam bom estado nutricional e adequadas condições de saúde. Apesar de se tratar de animais estabulados, foram encontrados poucos sinais de estereotipias, no comportamento de alguns animais apenas, e em baias que não foram recentemente reformadas. A entidade tem realizado corridas quinzenalmente. Não foram identificadas lesões significativas nos animais, nem mesmo lesões  em comissura labial, sugerindo excelente manejo.  As cocheiras apresentam, de forma geral, adequado estado de conservação, consideradas satisfatórias para a saúde e bem estar dos animais. 

O Jockey Club do Paraná foi orientado a iniciar a elaboração do seu plano de boas práticas, visando o atendimento à norma em consulta pública e a ser mais criterioso nos registros escritos dos procedimentos que já adota em sua rotina.”

Sobre as demais avaliações, que englobam a estrutura de atendimento veterinário, monitoramento do plano de boas práticas, exames antidoping, manutenção de estruturas e equipamentos e gestão do plantel. Novamente o Jockey Club do Paraná foi muito bem avaliado em todos estes aspectos:

Equipe veterinária:

“O Jockey Club do Paraná possui um veterinário como responsável técnico o qual atende às necessidades da entidade. Possui como suporte um hospital veterinário que funciona através de contrato de comodato, contando com cinco veterinários atendendo às demandas do Jockey e externas. Os animais também são atendidos em sua rotina por veterinários particulares, que se reportam ao RT embasando às suas ações.”

Monitoramento do Plantel e Plano de Boas Práticas: 

” O Jockey Club do Paraná apresenta procedimentos para encontrar não conformidades e tomar as ações necessárias visando correção e prevenção destas, apesar de não ter um Plano de Boas Práticas.”

Antidoping: 

“Cem porcento (100%) dos páreos vão para o antidoping (são analisadas amostras  dos vencedores além de outros, de acordo com a importância das provas), apesar de não possuir plano de antidopagem. Utilizam o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.”

Manutenção de estruturas e equipamentos: 

O serviço veterinário é capaz de identificar problemas de manutenção e adotar as ações cabíveis, pista, cerca, serviço veterinário, partidouro, sala dos jóqueis e Paddock estão em conformidade. Sobre a gestão de plantel: “Apesar de não haver Plano de Boas Práticas, há gestão do plantel.”

Também foram avaliados seis grupos de cocheiras aleatoriamente, as quais constataram um boa estrutura e bom trato aos animais alojados. Foram elas os grupos “42” (Haras Cima/Olívio Zantedeschi), “17” (Stud Mandrake/Marcos Decki), “37” (Stud AML/Francisco Ribeiro Leite), “38” (Stud Solana/Claudiano Santos), “24” (Haras Springfield/Antenor Menegolo Neto) e “36” (Antenor Menegolo Neto).

Enfim, agora o Jockey Club do Paraná aguardo o fim da consulta pública (26 de novembro) para colocar “no papel” seu “Plano de Boas Práticas”, já aplicado e reconhecido em relatório pelo MAPA. Com 376 animais e 22 treinadores alojados em suas dependências, o relatório foi concluído como: “Não foram verificadas pendências durante auditoria”. 

*CONFIRA O RELATÓRIO COMPLETO DA AUDITORIA DO MAPA CLICANDO AQUI. 

*Foto: Porfirio Menezes.