O Grande Prêmio Paraná Jockey Plaza se aproxima e nós começaremos a contar um pouco da história dele. Claro que se pudéssemos contar a história das 75 edições da maior prova do estado contaríamos, mas vamos “pincelar” por algumas edições que foram muito interessantes.

A de hoje aconteceu no dia 07 de dezembro de 2008, um domingo de sol que recebeu grande público para o principal dia de corridas do meeting que acontecia no Tarumã. Muitos jóqueis de outros estados, muita festa e um campo que contava com o atual bicampeão do GP Bento Gonçalves Starman, o vencedor do Derby Paranaense e segundo colocado no GP Paraná de 2007 Uno Campione, o segundo colocado no Grande Criterium carioca Amigo Gaúcho, o vencedor da preparatória Madrileño  e muitos outros animais de excelente qualidade.

Mas dois potros chamavam muito a atenção naquela prova. Um vinha de duas vitórias incontestes em provas graduadas na areia de Cidade Jardim e o outro de duas descolocações a quase 50 corpos de diferença. O primeiro, Ama-Tiri era o favorito do páreo, afinal, além de vir de vitória no GP Ricardo Lara Vidigal (G3) e GP Antônio Correa Barbosa (G2) corria com apenas 52 quilos, já o outro, Tango Uno estava desacreditado.

O potro era muito bom nos trabalhos, havia fracassado na estreia na pista de grama e feito duas ótimas corridas na areia. Tinha chego a apenas 1/2 corpo do favorito Ama-Tiri em São Paulo, mas seus proprietários tentaram novamente a grama. Foi disputar a segunda e a terceira prova da Coroa Paulista e fracassou assustadoramente.

Depois de chegar a quase 50 corpos dos vencedores das duas etapas da Coroa Paulista, o neto de Tumble Lark veio ao Tarumã na esperança de render mais na areia, afinal, trabalhava muito bem e já tinha vencido nesta pista. Trazido por J. Henrique ao Tarumã o n° 12 daquele ano estava pronto para fazer história.

A prova começou com o favorito Ami-Tari e o tordilho Ocho El Negro disputando a primeira colocação, mas antes de cruzar a primeira passagem pelo disco o defensor do Haras Tango assumiu a ponta fazendo a diagonal. As posições seguiram assim até a seta dos 1.400 finais quando o Ocho El Negro e Uruguayo di Punta deram carga em Tango Uno, com, Ama-Tiri e Starman, que recebia a direção de Jorge Ricardo a seguir.

Na entrada da grande curva Ama-Tiri assumiu a primeira colocação livrando um corpo de vantagem para os demais. Ocho El Negro e Uno Campione também foram à luta pelo primeiro posto, com Starman forçando muito por fora. Quando entraram na reta final Tango Uno chegou a ficar sem passagem pelo lado de dentro, mas com calma Waldomiro Blandi esperou abrir uma brecha e veio dar caça ao favorito Ama-Tiri.

Quando passavam pela frente das arquibancadas populares Tango Uno dominou o rival paulista e em uma tocada enérgica de Blandi veio “voando” até o disco de chegada. Com três corpos de vantagem para o segundo colocado, o arenático Tango Uno colocava seu nome na seleta galeria dos vencedores do GP Paraná. Ama-Tiri ainda conseguiu suportar os ataques de Amigo Gaúcho e ficar com a dupla, com Uno Campione completando a quadrifeta.

Esta edição do GP Paraná deu muita fama ao vencedor, que em seguida foi exportado para o Uruguai, onde cumpriu campanha. Também marcou a primeira vitória do bridão mato-grossense na principal prova paranaense. De criação e propriedade do Haras Tango, Tango Uno marcou 156″20 para os 2.400 metros.

Fotos extraídas dos sites Cerca Móvel, Turfe Brasil e do Jornal Gazeta do Povo.