No Grande Prêmio “Jockey Club de São Paulo” – (G1), Wil Myers cravou seu nome na história da Coroa paulista. Numa vitória firme, decidida, com direção de gala de A. L. Silva, o potro do Stud Ajato, proporcionando à sua equipe a maior alegria que o turfe pode oferecer: uma vitória de Grupo 1. Para falar sobre este verdadeiro craque, Pedro Kuchacki, titular do Stud Ajato, concedeu a seguinte entrevista:

Jockey Club do Paraná – Wil Myers iniciou sua campanha na areia, estreando na grama diretamente no Ipiranga. Foi algo planejado desde o início da campanha?

Pedro Kuchacki – Temos um propósito na cocheira de não antecipar o treinamento dos potros. Tudo tem que ser feito ao seu tempo. Acreditamos que o animal sabe do seu desejo de correr e está pronto. Com o Wil Myers não foi diferente, gosto muito de correr meus animais aqui no Paraná, nossa terra… e sabemos que um potro que se apresenta bem aqui na nossa raia de areia pode almejar um futuro promissor e sabíamos que na grama (pela sua filiação) a tendência era sempre melhorar. O planejamento poderemos dizer que deu certo até agora.

JCPR – Ele largou mal no GP Ipiranga, mesmo assim chegou perto. Essa corrida animou a equipe para a segunda etapa?

PK – Sem dúvidas, sabíamos do seu potencial, mas ainda faltava aquele amadurecimento de pista. No Ipiranga, segundo o jóquei M. Ribeiro (o qual agradeço pela excelente montaria o Wil Myers olhou para o lado quando deram as portas e ele não conseguiu encontrar um percurso mais favorável. A nossa motivação foi vê-lo numa atropelada empolgante.

JCPR – Você chegou a participar da decisão de estratégia na segunda etapa? Apesar de montar Wil Myers pela primeira vez, o A. L. Silva parecia que já conhecia o cavalo há tempos.

PK – Tenho muito respeito pelo trabalho do D. Antunes, mas sempre conversamos muito sobre cada carreira. Tenho o hábito de vivenciar o dia a dia dos animais da cocheira, então sempre temos estratégias bem parecidas e só adequamos as arestas. O A.L. Silva, a exemplo do M. Ribeiro, é um profissional dos melhores que temos em atividade. Ele mesmo pediu para galopar o cavalo dias antes da corrida. Na quinta-feira, depois das corridas no Tarumã, o A.L. Silva galopou o cavalo e parecia que os dois conversavam em todo o percurso. Foi marcante. Nossos agradecimentos também a Comissão de Corridas do PR, que permitiu esse momento liberando a raia para o exercício.

JCPR – E quem é a equipe que está por trás do sucesso de Wil Myers?

PK – Dr. Joaquim (Joaquinzinho) que nos convidou para conhecer os potros antes do leilão; o Zezinho foi quem domou e hoje trabalha conosco na cocheira; D. Antunes no treinamento; Dr. Rubens Gusso com a maestria veterinária; galopador Daniel (Boneco); o Seu José e seu fiel escudeiro Zoinho, responsável por ferrar o cavalo e Dra. Beatriz nas análises laboratoriais… acho que não esqueci ninguém… caso contrário já peço perdão.

JCPR – Para finalizar, qual será o futuro de Wil Myers?

PK – Por formação cristã costumo dizer que o futuro a Deus pertence… mas Ele somente nos mostra o caminho. As decisões são humanas. O Wil Myers vai receber treinamento para correr o Derby de SP, acreditamos muito no seu potencial. Vai dar tudo certo e com Fé faremos mais uma boa corrida. Depois vemos o que fazer. Cada passo de uma vez.