Turfista que participa do quadro social do Jockey Club do Paraná desde 1980, proprietário e criador que teve o prazer – raríssimo – de ver seu Groove ser Tríplice Coroado Carioca, Gilberto Luiz Koppe é um dos principais responsáveis pela nova fase que o Hipódromo do Tarumã passa.

Engenheiro agrônomo de formação pela Universidade Federal do Paraná – UFPR, o Diretor Financeiro do Jockey Club do Paraná e da Associação dos Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Paraná – ACPCCP conversou conosco a respeito do presente e futuro do clube.

Desde seus primeiros cavalos Clinkler e Captivation, passando pelo início como criador em 1985, Gilberto viu muito do turfe nacional e sua experiência está sendo fundamental para o reerguimento do Hipódromo do Tarumã.

Cenário financeiro do Clube no início da gestão (12/2015):

Quando a atual gestão iniciou seu mandato, não esperávamos contar com um cenário financeiro positivo do clube, em razão da inatividade de hípica de 18 meses determinada pela cassação da carta patente. Iniciamos o mandato com uma situação financeira bastante comprometida. Hoje – após quase três anos de administração – estamos com a situação financeira ajustada e equilibrada.

Aumento do plantel de cavalos no Jockey:

No entendimento da diretoria, o aumento do número de animais na Vila Hípica do Jockey – antes era de 256 e hoje conta com 320 animais – tem uma relação direta com medidas como o aumento do valor dos prêmios, assim como o restabelecimento da credibilidade com os pagamentos dos mesmos sendo feitos em dia. Além disso, também contamos com o surgimento de novos proprietários.

Passivos do Jockey:

O passivo do Jockey é da ordem de 6 milhões de reais, sendo que a metade é de obrigações tributárias que já foram negociadas e parceladas em 12 anos (PERT). A outra metade é representada por débitos de IPTU, com negociação em andamento junto a Prefeitura de Curitiba. Vale ressaltar que todas as obrigações tributárias da atual gestão estão rigorosamente em dia.

O passivo trabalhista está administrado. Das mais de 20 ações trabalhistas referentes a outras gestões, restam apenas cinco em andamento.

Gilberto Koppe, Roberto Belina, José Caetano Ferreira Neto e Paulo Pelanda (foto site Raia Leve).

Redução do IPTU do Clube e reuniões semanais:

A obtenção de desconto no valor pago no IPTU do clube depende da regularização fundiária junto a Prefeitura Municipal de Curitiba. Também depende da adequação patrimonial junto a Secretaria da Cultura. Ambas estão em andamento.

Para ser viável a proposta de reuniões semanais a receita atual teria que ser dobrada. As receitas de apostas atualmente atendem apenas 40% dos custos.

Shopping Center Jockey Plaza:

As obras do Shopping Center Jockey Plaza estão em estágio avançado de conclusão com previsão de inauguração em abril do próximo ano. A participação do Jockey Club do Paraná no empreendimento pode representar a curto e médio prazo um considerável incremento nas receitas. Sem contar a longo prazo, que representa a valorização imobiliária na sua área de influência.

Acumulo das diretorias financeiras do Jockey e ACPCCP:

A vantagem em acumular as diretorias financeiras do Jockey Club do Paraná e ACPCCP é a possibilidade de buscar sinergias financeiras em ambas as entidades.

Balanço Patrimonial publicado no site do Jockey (veja o balanço clicando AQUI):

O balanço publicado no site do Jockey Club do Paraná ainda não reflete a realidade patrimonial do clube. A ausência de escrituração e documentação contábil nos exercícios de 2014/2015 exigiu uma recomposição da contabilidade, que deverá ser concluída no presente exercício.

O balanço do exercício de 2018 deverá expressar informações mais próximas da realidade financeira e patrimonial do Jockey Club do Paraná.

Mensagem aos sócios, criadores, proprietários e turfistas:

Após três anos da gestão capitaneada pelo presidente Paulo Pelanda, a diretoria tem o sentimento que apesar de todas as medidas adotadas tem muito mais a ser feito para colocar o Jockey no lugar de onde nunca deveria ter saído.

Para tanto, devemos também contar com a recuperação e fortalecimento das atividades turfísticas, que deverá necessariamente passar por uma união dos clubes adotando medidas conjuntas em prol do turfe. E não atitudes isoladas para atender demandas de cada hipódromo.