Publicado no Jornal do Turfe

CAVALO BRANCO
PARANÁ, REFERÊNCIA MORAL

* Dezembro está terminando e com ele o primeiro ano de uma das melhores, mais eficientes e objetivas gestões do Jockey Club do Paraná dos seus 133 anos de existência.

* Há um ano, após longa intervenção judicial, foi eleita uma diretoria que mesmo sem dinheiro – o que não é novidade – aceitou o desafio de gerir um Jockey Club falido.

* Falido e desmontado patrimonial e moralmente, graças uma miniquadrilha que viu no Jockey do Paraná não uma oportunidade para engrandecê-lo, mas se aproveitar dele.

* Assim, a diretoria de Paulo Irineu Pelanda, um turfista, criador, proprietário e empresário batalhador, foi à luta diante do descomunal e do imprevisível.

* Mesmo nestes 365 dias colecionando heranças desconfortáveis – processos fiscais, trabalhistas e policiais – jamais essa diretoria alegou problemas para não dar corridas.

* Os prêmios pagos na hora, com o apoio financeiro de criadores, proprietários, empresas,  diante de tamanha credibilidade tem sido a tônica desse crédito.

* Credibilidade que há muitos anos tinha desaparecido do Tarumã mercê de alguns diretores sem escrúpulos e de origem duvidosa que venderam o Jockey ao diabo.

* Conseguiram essa façanha junto ao sócio Satanás, vendendo o patrimônio do clube mediante uma “Assembleia” que até defuntos assinaram, “ao vivo e a cores”.

* Mas esses episódios, entre outros velhacos tal ao caráter dos autores, somente revelam como é saudável ter o retorno das rédeas do Jockey a pessoas harmonicamente de bem.

* Pessoas que estão sacrificando, com prazer e entusiasmo, seu tempo na realização regular, como desafio, de corridas mensais e de modo surpreendente: multidões.

* Não é fácil para nenhum turfista mesmo bem-intencionado, lidar com inúmeras dificuldades do dia a dia, como a cassação da carta patente e débitos na fila de espera.

* O ano de 2017 vem aí e, mesmo num país que está respirando economicamente por aparelhos, o Jockey Club do Paraná é hoje uma referência nacional.

* O modelo, feito no estilo caboclo do Pelanda – sempre otimista e madrugador – com certeza deve servir como estímulo a retomada do combalido turfe brasileiro. Amém.