Inaugurada em 13/09/1972, por proposição do então Vereador Arlindo Ribas de Oliveira e sancionada pelo à época Prefeito Jaime Lerner, a praça que dá acesso à principal entrada do Jockey Club do Paraná recebeu a denominação de “Praça Oribe e Mário Márquez”.

Há muitos anos a placa que identificava o logradouro foi furtada, e, este ano, a Diretoria do Jockey Club do Paraná autorizou a família a repor a designação no devido local.

Foi confeccionada nova placa, agora de granito, e a reinauguração da praça está marcada para o dia 22 DE SETEMBRO, SEXTA-FEIRA, ÀS 18 HORAS.

A família de Oribe e Mário Araújo Márquez convida os amigos e os turfistas em geral para o evento, que será seguido de apostas de “arremates” nas sociais do Hipódromo do Tarumã.

 

SOBRE OS HOMENAGEADOS:

 

oribe-marquez

ORIBE MÁRQUEZ, natural de Montevidéu/Uruguai, veio para o Brasil em 1897, acompanhando seu pai, o Coronel Abelardo Márquez, caudilho uruguaio, mecenas e chefe político na região de Rivera/Santana do Livramento, e proprietário de cavalos de corrida no Uruguai e no Brasil ainda no Século XIX.  Oribe morou inicialmente em Passo Fundo, fixou-se em 1926 em Porto Alegre, e finalmente passou a residir em Curitiba no ano de 1937.  Industrial no ramo de produção e exportação de erva-mate, Oribe Márquez ainda no velho Hipódromo do Guabirotuba fundou, no mesmo ano de 1937, o 1º “stud” do turfe paranaense, o Stud Gaúcho.  Vice-campeão das estatísticas de proprietários em 1940, o Stud Gaúcho foi extinto com o falecimento de Oribe, em São Paulo, no ano de 1942.  Oribe Márquez foi Conselheiro do Jockey Club do Paraná, pois então não se permitia que estrangeiros ocupassem cargos na Diretoria.  A prova que leva seu nome é disputada no Jockey Club do Paraná desde 1943, sendo uma das mais antigas do Calendário Clássico Paranaense.

solero

MÁRIO ARAÚJO MÁRQUEZ, natural de Passo Fundo/Rio Grande do Sul, veio para Curitiba com seu pai, em 1937.  Turfista desde a mais tenra idade, teve a honra de ter um cavalo de sua propriedade (o tordilho argentino Endoble) participando, em 1942, do 1º GP Paraná da história, prova vencida por Con Ochos.  Apenas dois depois, em 1944, e aos 24 anos de idade, Mário Araújo Márquez venceria o GP Paraná com seu defensor, o também argentino Truchmann.  Cavalos de sua propriedade voltariam a atuar na nossa prova máxima em nada menos do que outras 09 vezes ( 4 vezes com Solero = 2º, 3º, 3º e 5º lugar; 1 com Fair Cadet = 2º para Panther, em famoso caso de “dopping” até hoje obscuro; 1 com Rumor = franco favorito fracassou devido à piroplasmose crônica que possuía; 2 com Libre del Sur = sendo um 5º lugar; 1 com Xazir = descolocado). No 1º GP Paraná disputado no Hipódromo do Tarumã, em 1955, seu defensor Rumor esteve presente. Rumor foi o único cavalo que derrotou Adil na grama e na areia.  No total, a farda de Mário Araújo Márquez disputou 10 vezes a maior prova do Paraná.  Ele teve 218 cavalos de corrida em sua vida, e com eles disputou inclusive o GP Brasil (Fair Cadet – denominado “o Cadillac do Guabirotuba”) e o GP São Paulo (Solero).  É um dos raros turfistas que foi homenageado pelo Jockey Club do Paraná ainda com vida, com provas disputadas em seu nome.  Na Diretoria do Jockey ocupou os cargos de Presidente da Comissão de Corridas, Secretário e Diretor Social, e foi também “starter”.

Mário Araújo Márquez foi casado com Teresa Camargo, filha de Pedro Alípio Alves de Camargo, fundador em 1944 do Haras Preto & Ouro, por 2 vezes Presidente do Jockey Club do Paraná e responsável pela construção do Hipódromo do Tarumã, em 1955.

Neto de Oribe e filho de Mário, Mário Sérgio Silveira Márquez e mais recentemente seus filhos – os jovens Henrique e Ricardo Matias Reiser Polli Márquez – são também turfistas, e representam a 5ª geração de uma família que está no terceiro século de atuação no nosso turfe.